Tudo se passa perto de Reguengos de Monsaraz, mais propriamente na Vendinha.
A Ervideira, produtor de vinhos Alentejanos, tem primado pela inovação. Duarte Leal da Costa, diretor executivo desta adega, lançou o desafio de fazer um vinho branco com uma casta que é tradicionalmente associada ao vinho tinto – Aragonez. Sim, estamos a falar de um vinho branco feito com uvas tintas. Parece improvável, certo?
Como se faz? O processo começa logo na vinha, quando as uvas são colhidas de noite (pela fresca, por causa da acidez). Separa-se a pele da uva do seu interior (é na pele que está a cor tinta). O remanescente sofre um choque de frio e vai à prensa, onde apenas se aproveita o primeiro sumo, chamado “lágrima”. O mosto fermenta em cubas de inox e o objetivo é evitar a sua oxidação e fermentação; e “voilá”, eis um branco feito de uvas tintas.
A Ervideira utiliza esta tecnologia, mas nem sempre as coisas correm bem, admite o enólogo. Há cubas onde, por qualquer razão ou por um descuido técnico, a fermentação acontece mais cedo e o vinho começa a escurecer. Se tudo correr bem, este obedece a um estágio de seis meses.
O primeiro Invisível foi lançado no dia 1 de abril de 2009. Podia ser mentira, mas não foi…
A primeira colheita, de 2009, acabou por se revelar a mais atípica de todas. O vinho estava evoluído nos seus tons de ouro velho, aromas de farmácia e de fruta madura, com toques de frutos secos e meloso na boca. Apesar de ter mais de 6 gramas de açúcar residual, revelou um final seco. A partir da colheita seguinte, o estilo do Invisível alterou-se e a Ervideira passou a apontar para um perfil mais seco, tendência que se foi acentuando em anos seguintes.
Se ficou curioso com esta história de sucesso, e pretende conhecer como isto tudo se faz, o Évora Hotel convida-o a uma prova de vinhos (gratuita) na Adega Ervideira. Basta para isso que fique hospedado no nosso hotel!
Diga-nos depois o que achou do vinho…